Quem sou

Um cara maneiro, querendo juntar seus centavinhos para aposentar o quanto antes (FIRE ?), para passar a maior parte do tempo ou no campo, ou na praia, ou na serra, ou do bar!!!

Bora trocar uma ideia sobre investimentos e qq outro assunto.

Bora lá!!!

Atualização de 17 de janeiro de 2023.

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Infância:
Nascido no subúrbio (essa palavra tem interpretações diferentes ao redor do país), numa família classe média baixa:
- Praticamente não tive ar-condicionado na casa dos meus pais. Uma vez meus pais compraram um ar usado, aqueles que a parte da frente imita madeira, colocaram no quarto, a família toda dormiu no quarto naqueles dias antes da primeira conta de luz chegar e ele nunca ser ligado novamente. Era um bonito objeto decorativo e completava o buraco na parede. E era MUITO barulhento, parecia que tinha alguma coisa fora do prumo, não sei como os vizinhos não reclamaram da trepidação do prédio naquela semana.
- Escola não era pública mas era a particular mais barata perto de casa.
- Minha creche era minha avó, meus pais saiam para trabalhar de manhã cedinho, ainda de noite a gente ia a pé até a casa da minha avó, uns 5 quarteirões da nossa segunda casa e me buscavam de noite.
- Um dos últimos a ter telefone fixo em casa entre os amigos do colégio.
- No colégio, não tendo dinheiro pra comprar da cantina, levava biscoito ou outro lanche de casa.
- No colégio era sapato vulcabras, pois durava mais.
- Primeira vez que meus pais compraram um carro zero eu ja tinha uns 15 anos. Óbvio que foi um uno (com ar).
- Video games: nunca tive Atari, quando lançaram os video games de 16 bits, ganhei um nintendo de 8bits. Qd ja tinha neogeo, fui ganhar um mega drive.
- Eletrodomésticos nunca foram os de melhores marcas, sempre marcas genéricas, mas não aquelas mais vagabundas, pois, a final, elas tinham que durar.
- Não tive TV a cabo (a primeira TV a cabo dos meus pais fui eu quem paguei pra eles, quando já estava trabalhando).
- O entorno do bairro favelizou rápido. Comum presenciar ou ir dormir ao som de tiros, a poucos quarteirões.
- Olhava para as favelas que subiam, ficava indignado com tantos gatos de luz. Eram ar condicionados e parabólicas e máquinas de lavar roupa (não tinhamos máquina, era tanque, minha avó quem lavava).
- Tive uma infância feliz, não tenho do que reclamar, meus pais e avós sempre cuidaram muito bem de mim, tanto é que sou hoje um do grupo de amigos que chegou mais longe.

Atualizado em 16 de fevereiro de 2022.

Pai de menina 😁,
Nascido em 1983 😐,
Casado 😭.

Atualizado em 08 de fevereiro de 2022.

3 comentários:

  1. Olá neto!

    Esse negócio das favelas é algo que me assusta, eu nunca morei numa comunidade destas, talvez esteja falando besteira, mas fico imaginando pessoal fazendo gato de luz, água, sky, telefone, internet, talvez ainda inscritos em vários programas do governo pra receber uns trocados sem fazer nada, essas pessoas são um fardo na sociedade, apesar de estarem sobrevivendo, infelizmente não terão nenhum futuro decente, nada de bom virá desses roubos, péssimo exemplos para seus filhos.

    Só o trabalho dignifica o homem! Parabéns pela sua história!

    Abraços

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    1. Grande bilionário... Obrigado por comentar aqui, tinha até esquecido dessa página... rs

      Valeu!!!

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    2. É... esse fardo (na parte quase q literal da palavra) é bastante complicado, e acaba sendo a eterna discussão, o homem é o que ele é por dentro vs a influencia do meio sobre suas atitudes.

      O homem nasce mau, e a sociedade o enquadra.
      X
      O homem nasce bom, e a sociedade o corrompe.

      Mas que a sociedade brasileira é muito complacente com a bandidagem, isso é... (de todas as rendas).

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